TRANSPLANTE DE CÓRNEA

Classicamente as indicações para transplante de córnea podem ter caráter eletivo ou emergencial (urgência) e assim classificadas em: A-Óptico, onde há clara intenção de melhora da acuidade visual. B-Tectônico, cujo objetivo é Tratamento Ocular restaurar ou preservar a integridade ocular, em olhos com alterações como afinamento ou perfuração corneana. C-Terapêutico, indicado em casos de infecção corneana de difícil tratamento clínico. D-Estético. Quanto as suas variações técnicas podem ser dividido em penetrante, lamelar (e suas variantes).

No transplante penetrante (ceratoplastia penetrante) realiza-se uma remoção cirúrgica da
córnea doente em toda a sua espessura, com substituição por tecido corneano doador similar.
utilizada nos casos de doenças que afetam todas as camadas da córnea.

No transplante lamelar (ceratoplastia lamelar) consiste em uma técnica mais conservadora, onde apenas as porções doentes de uma córnea comprometida são removidas e substituídas, enquanto as estruturas saudáveis permanecem intactas.

A Ceratoplastia Lamelar anterior profunda (DALK deep anterior Lamellar Keratoplasty), tem sido utilizado como alternativa a tradicional ceratoplastia penetrante para o tratamento de várias doenças corneanas que não acometem o endotélio como é o caso do ceratocone. O procedimento propõe a retirada das camadas mais anteriores da córnea (epitélio, membrana de Bowman e estroma) até a membrana de Descemet sem penetrar no globo ocular seguido de transplante corneano. Apresenta menor chance de rejeição pois a porção da córnea que mais induz rejeição (aproximadamente 70 a 80% dos casos) o endotélio não é substituído.

Na ceratoplastia lamelar posterior, a camada mais posterior da córnea (endotélio) responsável por manter a transparência da mesma é removida e substituída por tecido doador similar. Esta indicado quando o endotélio não está funcionalmente saudável, levando a um inchaço da córnea e embaçamento da visão. As vantagens do Transplante Endotelial em relação ao transplante Penetrante nesses casos são: menor tempo de recuperação, maior sobrevida do transplante, menor risco de infecção e menor chance de rejeição, além de não ser necessários pontos, levando a mínima indução de astigmatismo.

Procedimento em fase de implantação.