Doença degenerativa do nervo óptico, caracterizada por morte e perda de axônios. O nervo óptico é formado pelas fibras nervosas da retina, camada sensível à luz que reveste o fundo do olho. O nervo óptico envia os sinais da retina para o cérebro, onde esses sinais são interpretados como as imagens que vemos. O glaucoma pode causar cegueira se não for tratado.
Para manter e nutrir as estruturas avasculares oculares como cristalino e córnea é produzida continuamente pelo corpo ciliar uma pequena quantidade de humor aquoso, constituído por água, sais minerais e outros nutrientes, que por sua vez, é drenado para fora do olho, mantendo uma pressão normal de funcionamento. No olho com glaucoma, o humor aquoso não flui corretamente para fora do olho. A pressão do fluido no olho aumenta e, com o tempo, causa danos às fibras do nervo óptico.
Em fazes iniciais atinge a visão periférica não sendo por vezes perceptível, entretanto a medida em que evolui atinge a visão central causando perda significa da visão e em alguns casos cegueira. Clinicamente observa-se atrofia e escavação característica do disco óptico geralmente associada a um aumento da pressão intraocular (PIO), entretanto, pode ocorrer também em indivíduos com PIO normal, felizmente, a detecção precoce em uma consulta oftalmológica rotineira possibilita um tratamento adequado (colírios, cirurgia). Evitando a perda da visão.
Classificação:
1- Glaucomas primários: quando não se tem outra alteração associada no olho. (mais comum)
- ângulo aberto, - ângulo fechado.
2 - Glaucomas secundários: associação de outras patologias levando ao glaucoma.
- ângulo aberto, - ângulo fechado.
Glaucoma primário de ângulo aberto (Glaucoma crônico simples): Representa entre 60-70% dos glaucomas, e é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ultrapassado apenas pela catarata, uma condição reversível. A malha trabecular torna-se menos eficiente em drenar o humor aquoso. A PIO aumenta causando danos no nervo óptico.
Sintomas: A evolução na maioria das vezes é lenta. O paciente normalmente não sente dor e não percebe a perda da visão periférica da visão, sendo observada apenas em fases mais avançadas quando atinge a visão central.
Diagnóstico:
Tonometria: Mede a pressão intraocular (PIO). Valores altos são um dos primeiros sinais de glaucoma. Fundoscopia- (fundo de olho): avalia os danos das fibras nervosa, aumento da escavação. Campimetria- avalia o campo visual. Gonioscopia – avalia o ângulo de drenagem. Tomografia de Coerência Óptica (OCT). Avalia a camada de fibras nervosas da retina e disco óptico.
Tratamento: A pressão intraocular é o único fator de risco clínico que pode ser manipulado com sucesso. Podendo ser controlada por medicamentos ou cirurgia ocular.
Glaucoma primário de ângulo fechado: representa 10 % dos glaucomas. Fechamento parcial ou completo do ângulo de drenagem da malha trabecular decorrente de condições anatômicas que propiciam a aposição ou adesão da periferia da íris, com consequente interrompimento da drenagem do humor aquoso e aumento da pressão intraocular de forma aguda.
Sintomas agudos, (a PIO aumenta rapidamente): intensa dor ocular, cefaléia frontal, náusea, mal-estar geral, ansiedade vômito, lacrimejamento excessivo, edema palpebral. Diminuição ou borramento da visão, com visualização de halos em arco íris ao redor das luzes.